domingo, 20 de setembro de 2009

Pedra que rola não cria limo - A Revanche

Dessa vez não fiquei só na catarse, a jornada da heroína cômica Georgia não me foi suficiente. Ontem, saí à caça do meu kefi, do qual sempre tive a absoluta certeza da existência, só que ele andava meio perdidinho. Encontrei num lugar que eu nunca fui, ora que coisa.

Boa música e pessoas dispostas a se conhecer. Nunca tinha conversado com tanta gente assim, sem interesses prévios, sem a obrigatoriedade de "pontuar" na balada. Isso não é efeito do álcool: lugar chato com gente chata, não há absinto que salve. E cheguei em casa com a certeza: esta sou eu. Chega daquela Flávia insegura e perdida.

De primeira não gostei do lugar, achei que estava arrumada demais para o rolê em questão. Relaxei quando pensei: o lugar chama-se Sarajevo, teria algo de errado se fosse arrumado demais. E outra, eu é que estava pagando de pequeno-burguesa, sendo que não passo de uma proletária (com algum verniz, mas ainda assim proletária). Depois fui vendo que o fato do lugar ser um ovo, faz com que as pessoas fiquem mais próximas e dá pra conversar, o som não é insuportavelmente alto.

Começa o show da Soul Train. Puta merda, Dom Paulinho Lima toca bateria e faz scat singing ao mesmo tempo! Musicalmente gozante. Mais uma vez o fato do lugar ser pequeno favoreceu. Estava praticamente no palco, de tão apertada que era a pista. O clima quente e fumegante fica perfeito com a música, totalmente funky, sexy. E eu lá, requebrando feito uma negona do Bronx. Saí de lá com a impressão de ter nascido com a cor errada. Já virando abóbora, de maquiagem borrada, ainda tive pique de puxar conversa com os caras da banda na porta da balada. E conheci outro batera por lá, conversamos, raçãowhiskasblablablá... deixa essa para outro textículo.



Voltarei lá, com certeza. Mas fiz questão de não esquecer de pegar meu kefi de volta e guardar na bolsa antes de ir pra casa, com a doce certeza que jamais vou perdê-lo novamente. Desci pro play e vou brincar. Sempre.

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