domingo, 28 de agosto de 2011

Quando seu cheiro entrar de vez na minha pele


Quando seu cheiro entrar de vez na minha pele,
Vou leva-lo para passear.
Deitar em outras camas, provar de outros falos.
Para que você também prove de outras texturas, outros colchões.

Quando seu cheiro entrar de vez na minha pele,
Feito pomba-gira enfurecida vou rodopiar
Mais, mais e ainda mais
Para que ele, de uma vez por todas, se dissipe.

Quando seu cheiro entrar de vez na minha pele, vou fazer de tudo para ele sair.
Tomar banho de cachoeira, me vestir de freira, talvez de palhaço.
Quem sabe eu não o espante a base de escárnio?

Alecrim, canela, gengibre, baunilha, rosa branca.
Quando enfim seu cheiro sair de vez da minha pele,
O meu é que vai cair no mundo!



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